25 de mar. de 2009

Atividade 1 - Educação Inovadora

APRENDENDO A CONHECER

Caminhamos para a sociedade do conhecimento e nunca tivemos tanta informação disponível. Entretanto temos um problema: o que podemos realmente aproveitar de toda esse conhecimento e informações disponível? Ainda mais quando somos adultos e percebemos que quanto mais aprendemos menos sabemos?

Segundo pesquisas recentes, pensamos e escolhemos não no interesse da verdade, mas para nos sentirmos bem.
Afinal, filtramos o mundo a partir de nossas experiências, personalidade, formas de perceber, sentir e avaliar a nós mesmos e aos outros. Isto nos faz perceber que os acontecimentos não são o mais importante, mas sim a forma como os encaramos. Com os mesmos fatos, podemos interpretá-los de formas opostas: em alguns, predomina o filtro pessimista: só vêem problemas, dificuldades; em outros, o filtro otimista: só vêem o que lhes interessa. Cada um tem a sua interpretação dos fatos. Mas podemos aprender muito com grupos que nos interessam, presencial e virtualmente. Com a internet e as redes digitais, amplia-sem o potencial de democratização do acesso e da produção do conhecimento. Qualquer pessoa pode ser produtora e consumidora de produções ampliando a inteligência coletiva.

Percebemos que as redes digitais são hoje um fator chave para a compreensão da inteligência coletiva e de sua evolução. As diversas formas de comunidades virtuais como blogs; wikis e orkut são prova do incremento do capital social e cultural disponíveis.
No entanto, isto aumenta, por um lado, a inteligência coletiva; por outro, a ignorância coletiva e os preconceitos. Nos ambientes digitais a sociedade toda aprende de forma mais acelerada. As comunidades virtuais são espaços ricos de aprendizagem e de troca de conhecimentos que nos ajudam a caminhar pela vida aprendendo a relativizar quase tudo: teorias, promessas, perspectivas, crenças. Vamos mudando e essa é uma das grandes lições da vida: sabemos que sabemos pouco e a integração com pessoas tão diferentes vai-nos mostrando mil formas de perceber, sentir, pensar, agir e interagir.
Dessa forma a evolução cultural e social pode ser vista como um processo de aprendizagem para nos tornarmos cada vez mais criativos coletivamente para projetar formas de inteligência coletiva mais eficazes, criativas, responsáveis e pacíficas com relação a todas as formas de vida sobre a Terra.

17 de mar. de 2009

Atividade 3 - Como utilizar a internet na educação

RELATOS DE EXPERIÊNCIAS
Como utilizar a Internet na educação

José Manuel Moran

Resumo
Relato e análise de experiências pessoais e institucionais que utilizam a Internet na educação presencial como pesquisa, apoio ao ensino e como comunicação.
Palavras-chaveInternet; Educação; Pesquisa; Comunicação.
INTRODUÇÃO
A Internet está explodindo como a mídia mais promissora desde a implantação da televisão. A Internet também está explodindo na educação. Na Internet, encontramos vários tipos de aplicações educacionais: de divulgação, de pesquisa, de apoio ao ensino e de comunicação. Nas atividades de apoio ao ensino, podemos conseguir textos, imagens, sons do tema específico do programa, utilizando-os como um elemento a mais, junto com livros, revistas e vídeos. A comunicação ocorre entre professores e alunos, entre professores e professores, entre alunos e outros colegas da mesma ou de outras cidades e países.
A INTERNET NA EDUCAÇÃO CONTINUADA
O artigo 80 da Nova LDB/96 incentiva todas as modalidades de ensino à distância e continuada, em todos os níveis. Há uma clara aproximação da televisão, do computador e da Internet.
PROJETOS DE INTERNET NA EDUCAÇÃO PRESENCIAL
Na impossibilidade de descrever e analisar, neste artigo, os muitos projetos que estão sendo desenvolvidos atualmente na Internet, trago alguns projetos da Grande São Paulo que tenho acompanhado com mais atenção e aponto alguns endereços mais significativos de instituições educacionais para consultaI.
A Escola do Futuro [ http://www.futuro.usp.br ] - grupo de pesquisas da Universidade de São Paulo - é pioneira na implantação de uso de redes eletrônicas no ensino fundamental e médio no Brasil. Há mais sensibilidade para uso das novas tecnologias de comunicação. Ganha maior importância o ensino de inglês. Os alunos desenvolvem contatos pessoais e amizades por meio da rede. As dificuldades maiores são a continuidade entre os professores, principalmente na rede pública. Também há, às vezes, dificuldade de contato com os monitores dos projetos na USP. Algumas escolas se queixam de falta de retorno dos resultados finais de cada projeto ao seu término.
Também um projeto de ensino da informática para alunos do curso de magistério. E um projeto de Livro Eletrônico com crianças do interior da Suécia, escrevendo capítulos alternados sobre como crianças das quintas e sextas séries vivem no Brasil e na Suécia. Indico algumas instituições educacionais que vale a pena conhecer na Internet. Página do Colégio Magno de São Paulo [ http://eu.ansp.br:80/~colmagno/ ]. Projetos na Internet, como Matemática e Arte, Observatório Estelar. Outros lugares interessantes: O Brasil na Internet, Viagem pelo mundo. Página do Colégio Magnum Agostiniano de Belo Horizonte: Projetos, Parcerias, páginas dos alunos [ http://www.magnum.com.br ]. Grupo Patnet, vinculado à Faculdade de Educação da USP, projetos em telemática na educação para crianças, principalmente projetos para crianças do Kidlink [ http://eu.ansp.br:80/~educacao/ ].Outros projetos interessantes no Brasil podem ser encontrados na Lista de Escolas conectadas na Internet, da Kanopus, com destaque para ciências e humanidades [ http://www.kanopus.com.br/~educacao/ . Recomendo também o Programa Rede de Educação do Ministério da Educação do Chile (Enlaces), construído em torno do software e metáfora da praça, onde as pessoas se encontram [ http://www.enlaces.ufro.cl ].
EXPERIÊNCIAS PESSOAIS DE ENSINO NA INTERNET
Venho desenvolvendo algumas experiências no ensino de graduação e de pós-graduação na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Criei uma página pessoal na Internet, com dois endereços: http://www.eca.usp.br/eca/prof/moran/mor.htm e http://www.geocities.com/TelevisionCity/7815/index.html . Nela constam as disciplinas de pós-graduação (Redes Eletrônicas na Educação e Novas Tecnologias para uma Nova Educação) e três de graduação ( Novas Fronteiras da Televisão, Legislação e Ética do Radialismo e Mercadologia de Rádio e Televisão),com o programa e alguns textos meus e dos meus alunos. O roteiro básico é o seguinte: no começo do semestre, cada aluno escolhe um assunto específico dentro da matéria, vai pesquisando-o na Internet e na biblioteca; ao mesmo tempo, pesquisamos também temas básicos do curso; o aluno apresenta os resultados da sua pesquisa específica na classe e depois pode divulgá-los, se quiser, através da Internet. O fato de ver o seu nome na Internet e a possibilidade de divulgar os seus trabalhos e pesquisas exerce forte motivação nos alunos, estimula-os a participar mais em todas as atividades do curso. Enquanto preparam os trabalhos pessoais, vou desenvolvendo com eles algumas atividades.
Ensinar utilizando a Internet exige uma forte dose de atenção do professor. Diante de tantas possibilidades de busca, a própria navegação se torna mais sedutora do que o necessário trabalho de interpretação. Os alunos tendem a dispersar-se diante de tantas conexões possíveis, de endereços dentro de outros endereços, de imagens e textos que se sucedem ininterruptamente. Ensinar utilizando a Internet pressupõe uma atitude do professor diferente da convencional.O professor é o coordenador do processo, o responsável na sala de aula. Sua primeira tarefa é sensibilizar os alunos, motivá-los para a importância da matéria, mostrando entusiasmo, ligação da matéria com os interesses dos alunos, com a totalidade da habilitação escolhida.
A Internet é uma tecnologia que facilita a motivação dos alunos, pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece. Essa motivação aumenta, se o professor a faz em um clima de confiança, de abertura, de cordialidade com os alunos.
A PESQUISA NA INTERNET
A Internet está trazendo inúmeras possibilidades de pesquisa para professores e alunos, dentro e fora da sala de aula. Podemos partir, na pesquisa, do geral para o específico, dos grandes tópicos para os subtópicos. O estudante iniciante na Internet se deixa, primeiramente, deslumbrar quando vê que uma pesquisa apresenta 100 mil resultados.
O estudante iniciante na Internet se deixa, primeiramente, deslumbrar quando vê que uma pesquisa apresenta 100 mil resultados. O professor precisa estar atento, porque a tendência na Internet é para a dispersão fácil. O intercâmbio constante de resultados e a supervisão do professor podem ajudar a obter melhores resultados. Na primeira, há menos variedade de lugares pesquisados, mas podem-se aprofundar mais os resultados. É interessante que os alunos escolham algum assunto dentro do programa que esteja mais próximo do que eles valorizam mais. mais, aprofundar os melhores sites, os mesmos assuntos. Pode-se também, ao final do período da aula-pesquisa, pedir aos alunos que relatem a síntese do que encontraram de mais significativo. Os alunos terão gravadas as principais páginas, junto com um roteiro de anotações, para esclarecer a navegação feita e encontrar melhores relações, ao final. Um aprofundamento dos resultados pesquisados pode ser deixado para a próxima aula. Os alunos fazem, fora da aula, a análise das páginas encontradas. Procuram o que houve demais significativo. Esses dados são colocados em comum na aula seguinte.A comunicação dos resultados ao grupo é cada vez mais relevante pela quantidade, variedade e desigualdade de dados, informações contidas nas páginas da Internet.
A tendência dos alunos é a de quantificar, mais do que analisar. Juntam inúmeras páginas. Se não estivermos atentos, não explorarão todas as possibilidades nelas contidas. Não podemos deslumbrar-nos com a pesquisa na Internet e deixar de lado outras tecnologias. A chave do sucesso está em integrar a Internet com as outras tecnologias - vídeo, televisão, jornal, computador.
A COMUNICAÇÃO NA INTERNET
Uma das características mais interessantes da Internet é a possibilidade de descobrir lugares inesperados, de encontrar materiais valiosos, endereços curiosos, programas úteis, pessoas divertidas, informações relevantes. Na educação, professores e alunos praticam formas de comunicação novas. . O pesquisador consegue publicar na rede os resultados do seu trabalho instantaneamente, sem depender do julgamento de especialistas e sem demora na publicação.
Avaliação da utilização da Internet na educação presencial
Nos projetos brasileiros que temos acompanhado, podemos observar algumas dimensões positivas e alguns problemas. Aumenta a motivação, o interesse dos alunos pelas aulas, pela pesquisa, pelos projetos. Motivação ligada à curiosidade pelas novas possibilidades, à modernidade que representa a Internet. Na Internet, também desenvolvemos formas novas de comunicação, principalmente escrita. Escrevemos de forma mais aberta, hipertextual, conectada, multilingüística, aproximando texto e imagem. Agora começamos a incorporar sons e imagens em movimento.
A possibilidade de divulgar páginas pessoais e grupais na Internet gera uma grande motivação, visibilidade, responsabilidade para professores e alunos. Todos se esforçam por escrever bem, por comunicar melhor as suas idéias, para serem bem aceitos, para "não fazer feio". Alguns dos endereços mais interessantes ou visitados da Internet no Brasil são feitos por adolescentes ou jovens. O interesse pelo estudo de línguas aumenta. A aprendizagem de línguas, principalmente do inglês, é um dos motivos principais para o sucesso dos projetos. Os alunos enviam e recebem mensagens, o que exige uma boa fluência em língua estrangeira. Com programas de comunicação na Internet em tempo real, a necessidade de domínio de línguas estrangeiras é mais percebida.
ALGUNS PROBLEMAS
Criam-se todos os dias mais de 140 mil novas páginas de informações e serviços na rede. Há informações demais e conhecimento de menos no uso da Internet na educação. E há uma certa confusão entre informação e conhecimento. Temos muitos dados, muitas informações disponíveis.
Há facilidade de dispersão. Muitos alunos se perdem no emaranhado de possibilidades de navegação. Não procuram o que está combinado, deixando-se arrastar para áreas de interesse pessoal. É fácil perder tempo com informações pouco significativas, ficando na periferia dos assuntos, sem aprofundá-los, sem integrá-los em um paradigma consistente.
Nem sempre é fácil conciliar os diferentes tempos dos alunos. Uns respondem imediatamente. Outros demoram mais, são mais lentos. A lentidão pode permitir maior aprofundamento. Na pesquisa individual, esses ritmos diferentes podem ser respeitados. Nos projetos de grupo, depende muito da forma de coordenar e do respeito entre seus membros.
A participação dos professores é desigual. Alguns se dedicam a dominar a Internet, a acompanhar e supervisionar os projetos. Outros, às vezes por estarem sobrecarregados, acompanham à distância o que os alunos fazem e vão ficando para trás no domínio das ferramentas da Internet. Esses professores terminam pedindo aos alunos as informações essenciais. Em avaliações dos projetos educacionais que utilizam a Internet, há queixas de que muitos professores vão deixando de estar atentos aos projetos dos alunos, que não se atualizam, não mexem no computador e empregam mal o tempo de aula e de pesquisa.

INTEGRAR A INTERNET EM UM NOVO PARADIGMA EDUCACIONAL
Ensinar na e com a Internet atinge resultados significativos quando se está integrado em um contexto estrutural de mudança do processo de ensino-aprendizagem, no qual professores e alunos vivenciam formas de comunicação abertas, de participação interpessoal e grupal efetivas. Caso contrário, a Internet será uma tecnologia a mais, que reforçará as formas tradicionais de ensino. A Internet não modifica, sozinha, o processo de ensinar e aprender, mas a atitude básica pessoal e institucional diante da vida, do mundo, de si mesmo e do outro.
Nossa mente é a melhor tecnologia, infinitamente superior em complexidade ao melhor computador, porque pensa, relaciona, sente, intui e pode surpreender. Faremos com as tecnologias mais avançadas o mesmo que fazemos conosco, com os outros, com a vida. Se somos pessoas abertas, nós as utilizaremos para comunicar-nos mais, para interagir melhor. Ensinar com a Internet será uma revolução, se mudarmos simultaneamente os paradigmas do ensino.. A profissão fundamental do presente e do futuro é educar para saber compreender, sentir, comunicar-se e agir melhor, integrando a comunicação pessoal, a comunitária e a tecnológica.

Atividade 2 - Netiqueta

Regras de etiqueta para internet: netiqueta

Replicação de mensagens
Não envie a mesma mensagem para diversos newsgroups e listas. Muitas pessoas recebem mensagens por mais de uma lista, e participam de mais de um fórum — conseqüentemente, receberão mais de uma cópia de seu e-mail. Se realmente precisar fazer uma postagem múltipla de uma mesma mensagem, peça desculpas pelo possível recebimento de cópias duplicadas

Seja objetivo
Seja claro, breve e objetivo. A maioria das pessoas na Internet vai lhe conhecer somente através do que e de como você escrever. Portanto, evite erros gramaticais e certifique-se de que o conteúdo é de fácil leitura e compreensão para o seu público alvo. Nunca use dez palavras para expressar o que pode ser dito em cinco. Lembre-se de que quanto maior for sua mensagem menos pessoas a lerão.

Resumo
Ao responder uma mensagem mantenha apenas as informações estritamente necessárias da e-mail original. Retire os cabeçalhos, evite duplicar informações e faça um breve relato explicando do que se trata. Não se esqueça de citar as fontes

Erros mais freqüentes
São dois os maiores erros que podemos cometer.O primeiro é em acreditar que os demais indivíduos são iguais a nós mesmos; o segundo é acreditar que temos que agradar a todos. Precisamos de muito equilibrio e harmonia para viver essa equação no nosso dia-a-dia.

Spam
Fazer spam é enviar mensagens por e-mail para dezenas de pessoas, listas ou newsgroups, não importando o assunto da lista, ou o interesse das pessoas destinatárias das mensagens.
A prática de "spamming" não é um mero fator de aborrecimento para os internautas, pois chega a ser prejudicial: ao espalhar mensagens em diversos pontos de distribuição, muitas pessoas de uma mesma rede podem receber várias cópias, causando a sobrecarga das caixas de e-mail, entre outros transtornos.
Ao receber mensagens com alertas sobre vírus, correntes de qualquer tipo, histórias estranhas, não passe adiante. Comente com amigos que já tenham mais experiência, com o suporte de seu provedor, ou responsáveis pelo equipamento utilizado.